O “milagre” do natal

Numa data tão significativa para o mundo inteiro, todas as pessoas estão envolvidas num clima de fraternidade e bons pensamentos.

Presentes são preparados, comidas, bebidas e as mais variadas guloseimas compões as mesas de grande parte da população.

O motivo alegado por todos é o nascimento do Criador, comemoram sua passagem por esse mundo, mas será que Ele aprovaria a festa e a postura das pessoas em relação a isso?

Não quero entrar na questão histórica da origem do natal, muito menos nas atitudes comerciais desse evento. Também não quero estragar o prazer de ninguém nem a confraternização das famílias, pois entendo que a valorização da família é algo muito importante.     

Muitos vivem na ignorância, pois não conhecem a palavra de Deus, portanto agem segundo seus pensamentos por não terem referência bíblica, mas o que realmente me preocupa são aqueles que um dia receberam o ensinamento da palavra de Deus em suas vidas, esses sim deveriam ter uma postura mais excelente.

A mídia trata desse assunto em tempo integral, vários tipos de papai noel  são colocados em lugares estratégicos e em muitas residências também.

Asilos e orfanatos são visitados e as emissoras de tv registram essas visitas tendo como fundo com musical melodias comoventes.    

Mas será que as crianças só se sentem solitárias no fim de ano? Será que os idosos só precisam de atenção em dezembro?  Será apenas essa a época em que devemos amar e fazer o bem?

Não é errado fazer essas coisas nessa época, o que está errado é fazer isso apenas nessas datas.

As crianças não irão para outra dimensão nem os idosos e necessitados entrarão em hibernação até o próximo natal.

O assistencialismo praticado nessas datas mais tem a ver com marketing do que com amor, embora reconheça que há pessoas ali ajudando com sinceridade de coração.
Na verdade, é mais fácil ajudar alguém distante de nós do que ao nosso próximo. Corremos o risco de sermos benevolentes com estranhos, porém insensíveis com as pessoas com quem convivemos no dia-a-dia.

Que possamos expressar nosso amor em todo o tempo e não apenas quando a mídia nos diz que devemos fazer.  

Que não sejamos como a folha movida pelo vento, mas sim como uma brisa de refrigério em todo o tempo na vida daqueles que mais precisam.